Já diz o velho ditado, “a prática faz a perfeição”. A quantidade, aliada à qualidade, faz-nos evoluir e melhorar como fotógrafos, conseguindo melhores resultados.
As tuas primeiras 10 000 fotografias são as tuas piores.
~Henri Cartier-Bresson
O histórico fotógrafo tem razão no sentido em que, quanto mais praticarmos, melhores resultados vamos conseguir. Sem ser uma progressão estritamente linear, cada foto que fazes será, regra geral, melhor que a anterior. Vão ocorrer, certamente, excepções, e a evolução sofre altos e baixos. Mas no longo prazo esta teoria é verdadeira.
No seu livro “Outliers”, o autor Malcolm Gladwell diz-nos que leva aproximadamente dez mil horas de prática até dominarmos uma dada actividade. Ele dá-nos vários exemplos. Um deles o dos Beatles, que actuaram cerca de 10 mil horas em clubes em Hamburgo antes de atingirem sucesso internacional.
Ao longo destas 10 mil horas, ou 10 mil cliques, vamos aprimorando a nossa técnica fotográfica. Ao dominá-la, deixamos de pensar nela, e esta passa a ser um acto automático. Assim, poderemos concentrar-nos na composição e no acto de capturar o “momento decisivo”.
Outra coisa que vai acontecer quanto mais praticamos, é que o nosso estilo se começa a revelar. A cebola vai-se descascando e, camada a camada, vamos descobrindo a nossa voz fotográfica, a nossa forma de ver os outros e o mundo. E isto só com tempo e prática se atinge.
Esta série de artigos foi inspirada no livro de Steve Simon, “The Passionate Photographer”. Pode ser adquirido na Amazon UK ou na Amazon US.
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